COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NO CURRÍCULO ESCOLAR: FORMAÇÃO PARA A VIDA

Resumo

O presente artigo teve como objetivo analisar como as competências socioemocionais foram compreendidas, previstas e aplicadas no contexto da educação básica brasileira, a partir das diretrizes da BNCC, da LDB e do PNE, com ênfase na formação docente e na prática pedagógica. O estudo abordou o tema das competências socioemocionais enquanto dimensões fundamentais para o desenvolvimento integral dos estudantes e para a qualificação das interações no ambiente escolar. A investigação pautou-se em pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, com base na seleção e análise de documentos oficiais e produções acadêmicas publicadas entre 2016 e 2025, obtidas por meio do Google Acadêmico. A partir da análise dos dados, observou-se que os documentos normativos examinaram essas competências como parte estruturante da formação educacional, vinculando-as a valores como empatia, cooperação, responsabilidade e autonomia. No entanto, identificaram-se fragilidades na formação inicial e continuada dos professores para o trabalho com tais dimensões, além da permanência de práticas pedagógicas ainda centradas em conteúdos cognitivos e avaliações tradicionais. Constatou-se também que a mediação das emoções na escola depende da criação de vínculos positivos, da escuta qualificada e da promoção de ambientes afetivamente seguros. Concluiu-se que a efetivação das competências socioemocionais requer reestruturações curriculares, apoio institucional e valorização da dimensão relacional da docência. Pesquisas futuras poderão aprofundar os efeitos dessas competências na aprendizagem e nas políticas de formação docente.