OLHARES QUE ACOLHEM: INCLUSÃO ALÉM DA RAMPA

Autores

  • Giane Rosa Resende Universidad del Sol, Paraguai Autor
  • Vera Cristina Souza Teracin MUST University, Estados Unidos Autor
  • Vanessa Nogueira Pereira Universidade Candido Mendes, Brasil Autor
  • Vânia de Oliveira Rocha Spoladore Faculdade Venda Nova do Imigrante, Brasil Autor
  • Lucely Fantinato Sampaio Faculdade Estratego, Brasil Autor

DOI:

https://doi.org/10.46550/n3f63k51

Resumo

O artigo apresentou uma reflexão acerca da inclusão escolar como prática que ultrapassou as adaptações físicas e se firmou como cultura institucional voltada ao pertencimento, à equidade e à valorização da diversidade. O tema mostrou-se relevante diante da constatação de que rampas, pisos táteis ou outras adaptações arquitetônicas, embora indispensáveis, não foram suficientes para assegurar a participação plena dos estudantes, sendo necessário compreender a inclusão como expressão de práticas pedagógicas cotidianas, de diálogo, cooperação e corresponsabilidade. Nesse contexto, o objetivo central consistiu em analisar de que maneira a escola poderia ir além das adaptações arquitetônicas e construir uma cultura inclusiva capaz de promover pertencimento, equidade e participação. Para tanto, utilizou-se a metodologia de caráter bibliográfico, entendida como um procedimento que reuniu, selecionou e analisou criticamente materiais já publicados em artigos e periódicos científicos, conforme destacado por Santana, Narciso e Santana (2025) e por Narciso e Santana (2024), que ressaltaram a importância desse tipo de pesquisa no campo educacional. O processo de análise envolveu a definição de palavras-chave, a busca em bases de dados, especialmente na SciELO, e a seleção de estudos publicados entre 2015 e 2025, garantindo a atualidade e a pertinência do corpus. Como principais resultados, verificou-se que a inclusão, quando concebida como dimensão cultural e pedagógica, produziu efeitos significativos no fortalecimento do clima escolar, na organização de currículos inclusivos, na participação efetiva de estudantes e famílias e na eliminação de barreiras invisíveis de ordem atitudinal, burocrática e social. Concluiu-se, portanto, que a escola inclusiva depende da superação de práticas excludentes e do fortalecimento de processos de escuta, diálogo e cooperação que reafirmaram seu papel como espaço de pertencimento e cidadania.

Publicado

2025-10-05

Edição

Seção

Artigos