TECNOLOGIA, CULTURA DIGITAL E EDUCAÇÃO: INTERFACES, RESISTÊNCIAS E POTENCIALIDADES

Resumo

A presente investigação examina entraves existentes na incorporação de instrumentos tecnológicos aos ambientes escolares brasileiros, considerando especificidades da contemporânea sociedade digitalizada. O procedimento metodológico contemplou análise bibliográfica de produções científicas que abordam potencialidades e empecilhos na aplicação pedagógica de instrumentos computacionais. A fundamentação teórica ancora-se em Castells, Lévy, Selwyn e Warschauer, pensadores fundamentais para compreender modificações socioculturais vinculadas às tecnologias informativas. As conclusões evidenciam que, não obstante o reconhecimento acerca das capacidades dessas ferramentas em engajar discentes e individualizar processos de ensino, existem obstáculos significativos: estrutura precária, disparidades no acesso tecnológico, formação docente inadequada, distrações ocasionadas pelos aparelhos e oposições institucionais. Frente a tal cenário, sugerem-se providências como investimentos na qualificação contínua de professores, elaboração de diretrizes públicas coerentes, universalização da conectividade e dos equipamentos digitais, definição de propósitos pedagógicos precisos e acompanhamento sistemático de resultados. Essas iniciativas podem potencializar vantagens e reduzir fragilidades, fomentando educação mais equânime e compatível com demandas contemporâneas. O estudo conclui que os instrumentos tecnológicos isoladamente não asseguram inovação pedagógica, demandando contextualização criteriosa, preparação docente consistente e combate às disparidades socioeconômicas que perpassam o sistema educativo brasileiro.