EDUCAR NA ERA DAS TELAS: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A GERAÇÃO SCREENAGER

Resumo

O avanço acelerado das tecnologias digitais transformou profundamente os modos de ser, aprender e interagir, dando origem a uma geração que cresceu cercada por telas e interfaces conectadas. Conhecida como screenager, essa juventude apresenta habilidades técnicas amplas, mas também desafios significativos no que se refere à aprendizagem crítica, à estabilidade emocional e à construção de vínculos sociais. A exposição constante às mídias digitais alterou os padrões de atenção, leitura e convivência, impactando diretamente o ambiente escolar. Este artigo tem como objetivo analisar criticamente os desafios impostos pela geração screenager à educação contemporânea, explorando suas características, impactos no desenvolvimento emocional e cognitivo, além de estratégias pedagógicas eficazes para potencializar o ensino nesse novo paradigma. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfico, com abordagem qualitativa, por meio da análise de estudos publicados entre 2014 e 2023, selecionados nas bases SciELO e Portal de Periódicos da CAPES, em português e inglês. Foram utilizados termos como geração screenager, tecnologias digitais e cultura digital. Autores como Shapira et al. (2020), Strasburger (2019), Twenge (2017) e Livingstone (2018) fundamentaram a análise. Os resultados apontam que, embora a tecnologia traga oportunidades educacionais, seu uso desregulado está associado a dispersão, superficialidade cognitiva e fragilidades socioemocionais. Em contrapartida, quando integrada de forma crítica e intencional, pode favorecer aprendizagens ativas e significativas. O estudo conclui que a mediação docente e o investimento em metodologias inovadoras são essenciais para que a educação acompanhe as transformações do presente e contribua para a formação integral dos jovens.