O USO DE CHATBOTS E ASSISTENTES VIRTUAIS COMO APOIO PEDAGÓGICO NO AMBIENTE ESCOLAR

Resumo

A presença de chatbots e assistentes virtuais nas instituições de ensino anuncia transformações que extrapolam a dimensão tecnológica, atingindo o cerne da experiência educativa. Muito mais do que instrumentos de automação, essas inteligências conversacionais começam a redesenhar as práticas de mediação, imprimindo novas marcas na relação entre conhecimento, docente e discente. O estudo que ora se apresenta propõe como objetivo investigar como essas tecnologias reposicionam o papel pedagógico no espaço escolar, iluminando tanto suas promessas quanto seus paradoxos. Para isso, adota-se uma metodologia de natureza qualitativa, embasada em pesquisa bibliográfica crítica, orientada pela análise interpretativa de produções acadêmicas que problematizam o uso de inteligências artificiais em contextos educativos. Tal percurso permite compreender que, embora apontem caminhos para a personalização da aprendizagem e o fortalecimento da autonomia discente, as ferramentas digitais também podem engendrar processos de desumanização e simplificação da prática educativa. Entre a potência e o risco, instala-se uma zona de tensão que demanda, do professor, não apenas adaptação, mas elaboração reflexiva. Assim, o desafio não reside em aceitar ou rejeitar os dispositivos tecnológicos, mas em significá-los pedagogicamente, reinventando práticas em que a ética da mediação, a escuta ativa e a intencionalidade formativa não sejam ofuscadas pelas promessas fáceis da inovação. Cada interação, nesse cenário, torna-se campo de disputa entre formação crítica e automatização.