PRECONCEITO LINGUÍSTICO E EDUCAÇÃO: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE

Autores

  • Ana Ricardo Loiola Barbosa Faculdade Única - Ipatinga, Brasil Autor
  • Adriana Sousa de Oliveira Faculdade Anhanguera, Brasil Autor
  • Eliane Teresa Porto da Silva Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Brasil Autor

DOI:

https://doi.org/10.46550/xn1xyd91

Resumo

A presente monografia investiga o fenômeno do preconceito linguístico, analisando suas implicações sociais, culturais e pedagógicas, com o objetivo de identificar as contribuições que o estudo sistematizado sobre o tema pode oferecer ao trabalho docente. A pesquisa, de natureza qualitativa e caráter bibliográfico, apoia-se em autores como Possari, Soares, Gorski, Ávila e outros, buscando compreender a linguagem enquanto expressão cultural e meio de comunicação, sujeita a variações sociais, regionais e históricas. O estudo evidencia que o preconceito linguístico está amplamente disseminado nas relações sociais, sendo muitas vezes reproduzido pela escola e reforçado por práticas pedagógicas normativas. Observa-se que a língua falada pelas classes populares é frequentemente desvalorizada, em contraste com a norma culta, tida como legítima. Tal discriminação, além de comprometer o desenvolvimento da identidade linguística dos alunos, acentua desigualdades educacionais e sociais. A pesquisa ressalta a importância da linguagem como instrumento simbólico e de poder, destacando que a diversidade linguística deve ser valorizada como manifestação legítima da cultura. Nesse sentido, é papel do professor refletir criticamente sobre sua prática, reconhecendo a variação linguística como um fenômeno natural e necessário à comunicação. O trabalho também discute o uso de jargões e o impacto do discurso técnico e excludente em ambientes institucionais, apontando a necessidade de uma linguagem acessível e adequada ao contexto comunicativo. As considerações finais indicam que o preconceito linguístico só poderá ser combatido por meio da formação crítica dos educadores, da revisão de paradigmas pedagógicos e da promoção de práticas inclusivas que respeitem as diferenças linguísticas. Dessa forma, a linguagem deixa de ser instrumento de exclusão e torna-se um poderoso meio de emancipação social e cultural. A valorização da pluralidade linguística no espaço escolar é, portanto, uma estratégia fundamental para a construção de uma educação mais justa e democrática.

Publicado

2025-07-31

Edição

Seção

Artigos