AVALIANDO E BRINCANDO: CONVERGÊNCIAS ENTRE AVALIAÇÃO E LUDICIDADE NO ENSINO MÉDIO

Resumo

O Ensino Médio enfrenta desafios persistentes relacionados à fragmentação curricular, ao predomínio de práticas avaliativas tradicionais e ao desinteresse dos estudantes diante de metodologias pouco significativas. Nesse cenário, a convergência entre avaliação formativa e ludicidade se apresenta como possibilidade de inovação pedagógica capaz de promover aprendizagens mais inclusivas e emancipatórias. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, baseada na análise de livros e artigos. Objetiva-se analisar as relações entre avaliação formativa e práticas lúdicas, identificando como essas abordagens interdisciplinares podem favorecer aprendizagens significativas, inclusivas e emancipadoras. A discussão se apoia em autores que problematizam a avaliação como prática social e política (Freire, 1987; 1996; Hoffmann, 1993; Luckesi, 2013) e a ludicidade como dimensão cultural e educativa (Huizinga, 2004; Kishimoto, 2011; Brougère, 2010), além de incorporar referenciais sobre interdisciplinaridade (Fazenda, 2011; Morin, 2006), inclusão (Mantoan, 2003; Carvalho, 2005) e letramentos múltiplos (Street, 1995; Kleiman, 1995; Soares, 2009). Os resultados da revisão indicam que a avaliação formativa, quando integrada a práticas lúdicas, fortalece o protagonismo discente, amplia a participação de diferentes perfis de estudantes e cria condições para aprendizagens mais contextualizadas e críticas. Além disso, a ludicidade, ao ser reconhecida como metodologia ativa no Ensino Médio, contribui para ressignificar práticas avaliativas e superar estereótipos que a associam apenas ao entretenimento infantil. Conclui-se que a integração entre avaliação e ludicidade configura um caminho promissor para a transformação das práticas escolares, respondendo às demandas da Base Nacional Comum Curricular e às exigências da sociedade contemporânea por uma educação democrática, inclusiva e emancipatória.