REALIDADE AUMENTADA NA EDUCAÇÃO: EXPLORANDO NOVAS DIMENSÕES DE APRENDIZAGEM
DOI:
https://doi.org/10.46550/98p6f142Resumo
As práticas educativas, diante da intensificação da cultura digital, veem-se instadas a repensar suas gramáticas formativas sob novos arranjos temporais e espaciais. A realidade aumentada, nesse cenário, emerge como possibilidade de construção de experiências educativas que transcendem as delimitações tradicionais entre o mundo físico e o ambiente virtual. O presente estudo partiu da intenção de investigar de que maneira essa tecnologia pode atuar como vetor de aprendizagens mais imersivas e plurais, ao mesmo tempo em que convoca reflexões sobre seus limites éticos, epistemológicos e inclusivos. A metodologia bibliográfica adotada fundamentou-se na análise crítica de produções acadêmicas recentes, buscando tensionar discursos que naturalizam a inovação tecnológica como panaceia educativa. A análise revelou que, embora potencialize a ampliação dos repertórios sensoriais e cognitivos dos estudantes, a realidade aumentada, desprovida de mediação crítica, arrisca-se a reproduzir exclusões históricas e aprofundar desigualdades estruturais. Nesse quadro, a figura do professor, mais do que mediador de ferramentas, afirma-se como curador ético de experiências de aprendizagem. O uso pedagógico da realidade aumentada apresenta, assim, um duplo horizonte: pode ampliar práticas de democratização cultural ou consolidar dinâmicas mercadológicas que esvaziam o sentido formativo da escola. Refletir criticamente sobre essa ambivalência é imperativo para a construção de projetos educativos comprometidos com a justiça e a pluralidade.
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Copyright (c) 2024 Jackeline Ferreira e Silva Cardoso, Camilla Felipe de Sousa, Roseli Narcisa Santiago Nascimento , Maria das Mercês de Araújo, José Marques de Araújo (Autor)

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