MENTES QUE APRENDEM, TELAS QUE ENSINAM: INTERFACES ENTRE NEUROCIÊNCIA, DOCÊNCIA E TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Resumo

A articulação entre neurociência cognitiva, práticas pedagógicas e tecnologias digitais tem configurado um campo fértil para a inovação educacional. A compreensão dos mecanismos cerebrais relacionados à atenção, memória, linguagem e emoção revela-se estratégica para o desenvolvimento de métodos de ensino mais eficazes e centrados no estudante. A partir dessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo geral investigar de que modo os conhecimentos da neurociência cognitiva podem contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas, com especial atenção ao uso das tecnologias digitais e dos jogos educativos como instrumentos de mediação da aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, adotou-se uma abordagem qualitativa de natureza bibliográfica, com base em produções acadêmicas que discutem as interfaces entre neurociência, educação e recursos tecnológicos. A análise evidenciou que práticas pedagógicas fundamentadas na compreensão do funcionamento cerebral, quando associadas a ferramentas digitais, favorecem a aprendizagem ativa, o engajamento emocional e a personalização do ensino. O uso de jogos digitais mostrou-se particularmente eficaz ao estimular o pensamento crítico, a resolução de problemas e a motivação dos estudantes, transformando o ambiente educacional em um espaço mais interativo e significativo. A pesquisa também destacou o papel essencial da formação docente continuada para que os professores se apropriem dos fundamentos neurocientíficos e saibam integrá-los à prática pedagógica com intencionalidade. Conclui-se que a convergência entre neurociência e tecnologia educacional pode contribuir para uma abordagem de ensino mais sensível às necessidades cognitivas dos alunos e alinhada aos desafios contemporâneos da educação.